Pedro era um jovem rapaz de 19 anos, sensível, inteligente, educado, apaixonado pela sua alma gêmea. Conquistava a todos com seu jeito de ser. Um belo dia seu irmão gêmeo, hetero, contou ao pai que Pedro era gay e tinha, na verdade, um namorado. Reação do pai? Espancou-o, deixando hematomas que duraram dias... pelo estado que o rapaz ficou, é um milagre que não tenha quebrado nenhum osso. Reação da mãe? Assistiu a tudo sem dizer uma só palavra. Reação do irmão? Risadinhas.
Alguns dias depois, Pedro foi expulso de casa. Pouco tempo depois, passou mal e, precisando ir ao médico, descobriu que o pai o havia excluído do plano de saúde. Precisou recorrer a hospital público... demorou um pouco até o diagnóstico: câncer no estômago. E por ter sido excluído do plano de saúde, só vai poder iniciar a quimioterapia em janeiro de 2011, que é a data que conseguiu na nossa maravilhosa rede pública (convenhamos: ao descobrir-se um câncer, ele deve ser tratado o quanto antes).
Esta história dos parágrafos anteriores é real e está ocorrendo neste exato momento. Tudo isso só aconteceu, e só está acontecendo, porque Pedro cometeu, aos olhos do pai, um pecado mortal: é gay. Temos um jovem que teria toda uma vida pela frente caso recebesse tratamento adequado (câncer em estágio inicial curável – minha opinião é que foi gerado por estresse emocional, mas é MINHA opinião). Um jovem que neste momento delicado deveria estar recebendo apoio e amor dos familiares, mas cuja própria família virou-lhe as costas e ajudou a diminuir suas chances de cura colocando-o a mercê do SUS.
O crime dele é um só e chama-se homossexualidade. Sim meus caros, em pleno século XXI isso acontece. Eu? Fico indignada, MUITO indignada com uma coisa destas. Se eu tivesse grana pra isso, eu pagaria do meu bolso todo o tratamento, incluindo apoio psicológico. Infelizmente, não possuo recursos pra isso. Sem meios de ajudá-lo financeiramente, resolvi divulgar sua história... que sirva, no mínimo, como denúncia aos absurdos que ainda hoje são cometidos contra seres humanos apenas por causa de sua orientação sexual.
Repasse essa história
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